Em 2008, com o nome de Oort Clouds, Francisco Kraus (Second Come, Jess Saes, Eterno Grito), Renato Fernandes e Yuri Pinta (Beally) começaram a ensaiar “umas canções mais pesadas” paralelamente aos outros projetos que cada um tinha.
Em 2011, por conta do envolvimento do Mauricio Garcia (A Grande Trepada, Mauk) com as atividades do Second Come, ele entra para a banda que ainda não se chamava The Dead Suns. Os ensaios e as músicas que nasciam destes encontros começaram a aparecer. “Essa é uma banda de amigos e só faz sentido quando estão todos os amigos“, explica Kraus, adiantando o porquê da banda ter demorado quase 6 anos para gravar o primeiro lançamento oficial. “O Yuri é paciente renal crônico, faz hemodiálise dia sim, dia não. Em 2012, ele não estava bem e por isso a banda deu um tempo. No final de 2016, com a saúde mais estável, voltamos e ensaiar e compor“. Foi quando resolverem abandonar o nome Oort Clouds e escolheram The Dead Suns.
No bandcamp da banda é possível ouvir o que eles consideram uma “demo” chamada “Early Singles”. São gravações ainda da época do Oort Clouds, feitas em casa, sem masterização. “Abandonamos praticamente todo o repertório antigo, mantendo apenas Cracked Soil e Dead Tree of Life, e começamos a compor outras canções que fazem parte do disco”, lembra Kraus. Isso foi no primeiro semestre de 2017 e o álbum, “New Days For a Better Man” começou a ser gravado em agosto daquele ano.
Com tantas bandas no currículo, os integrantes resolveram montar uma nova porque, na opinião de Kraus, os projetos anteriores haviam terminado. As exceções eram o Maurício (que tocava em oito bandas quando The Dead Suns engrenou) e Renato Fernandes. Ué, mas o Second Come não continua tocando? “Second Come ficou limitado”, explica Kraus, “eu queria ir além do que fizemos até 1994, mas até pra fazer os setlists de shows é complicado… quase nada do Superkids, que tem músicas maravilhosas como Scraper, Grapes, Looking Smiles, Little Friend, por exemplo. Mas eu não conseguia sequer incluí-las nos ensaios. No The Dead Suns não há essas bordas. Podemos deixar as coisas fluírem sem preocupações. Todos ajudam nos arranjos. Pensamos juntos. Brigamos juntos e nos divertimos juntos. E acho que isso vale pra maioria“.
O álbum deveria ter apenas oito músicas mas eles não conseguiram escolher o que deixar de fora e por isso acabou ficando com quatorze! E eles garantem que ainda tem muita coisa boa de fora. “As canções se interligam. Living Among the Stars, que abre o disco se completa em Escape Valve. Cracked Soil tem um par em Better Man. Narrow Edge fala de temas atuais e vivos nesse país“.
Com anos de experiência no circuito independente, os integrantes reforçam que não esperam muita coisa, que a banda serve a um único propósito: se divertir. “Sabemos que não há cena independente no Brasil, que a música que fazemos voltou para o gueto da qual ela ousou sair nos anos 90. Fazemos música para nos sentir vivos. Fazemos músicas pra confrontar nossas idéias. Fazemos músicas para exorcizar demônios. As letras falam disso. Fazemos música para nos divertir!”
O single de “Living Among the Stars” foi lançado no dia 26 de fevereiro, com um videoclipe produzido por Francisco Kraus:
O álbum “New Days for a Better Man” foi lançado no formato digital no final de abril e a versão em CD deve ficar pronta ainda no 1º semestre de 2018. As baterias foram gravadas na casa do Yuri, usando um kit de pads, pra facilitar e reduzir o tempo de gravação. Todo o resto foi gravado no Estúdio La Cueva, nas Laranjeiras – Rio de Janeiro. Todas as músicas foram gravadas, mixadas e masterizadas no La Cueva entre setembro e dezembro/17. O disco foi produzido pelo The Dead Suns e por Seu Cris (“o argentino mais gente boa desse mundo“) como co-produtor. Ele toca o teclado em “Better Man”.
As artes da banda são do Renato Lima, quadrinista, produtor e DJ em algumas festas no Rio, como a College Rock Party, Bauhaus.
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