05/11/2020 – CHURRUS LANÇA ÁLBUM COM LADOS B DE “ATLANTIC RAILROAD”

20/08/2020 – ÁLBUM DE ESTREIA DO CHURRUS É RELANÇADO

CHURRUS-2020-FORMATION-V2_16x9_web

Em 2019, após um longo período sem um álbum propriamente dito, o Churrus lançou “Atlantic Railroad” e, com ele, entregou não somente um belo conjunto de canções, como um contexto, em partes, autobiográfico, mas também de intercâmbio cultural e histórico entre Brasil e Inglaterra. Dentre as composições de Matheus Lopes e Luís Couto (ambos guitarristas e vocalistas), Túlio Panzera, fundador e também vocalista e guitarrista do Churrus, apresentou sua reflexão particular sobre sua relação de idas e vindas com a Inglaterra, através de uma imaginária “ferrovia atlântica” conectando São João del-Rei – o berço da banda – a Bristol, cidade na qual Túlio viveu pela maior parte dos anos em que trabalhou em seus pós-doutorados em engenharia aeroespacial.
 
Além de uma saudade ambígua, sentindo falta de suas raízes quando em terreno britânico, e dos parques e vilarejos ingleses quando no Brasil, Túlio resgatou também uma relação histórica entre São João e Inglaterra(…). Contribuições sólidas até os dias atuais, que podem ser contempladas em edificações da cidade, como igrejas e colégios.
 

(…) Dito isso, dado o caráter histórico e biográfico deste último álbum, ótimas músicas acabaram ficando de fora, simplesmente, por não dialogarem com a proposta ali abordada. E tais pérolas têm sua justíssima compilação lançada agora, com distribuição dos selos Fleeting, Midsummer Madness e Rapadura Records, na coletânea “Besides”, cujo próprio título brinca com a ideia do material extra, “lado B”, do último álbum.

(trechos do texto sobre “Besides” escrito por Pedro Dias. Leia na íntegra aqui)


Churrus – Transcontinental
, por Gordinho (guitarrista da Pelvs)

É evidente que inquietação, desconforto e necessidade de mudar muitas vezes foram responsáveis por grandes obras de arte. Possivelmente a música seria muito diferente se tantos artistas não tivessem se rebelado contra o que os cercava ou o que eles mesmos estavam produzindo. Mas isso não impede o conforto de ser um fator determinante para a evolução de uma banda. Os três anos desde o lançamento de Monotone, ensaiando, compondo, gravando e tocando com a mesma formação, trouxeram esse conforto ao Churrus.

O resultado é Transcontinental, terceiro álbum do quinteto de São João del Rei, um conjunto de canções inspiradas em que a banda parece mais à vontade do que nunca, transportando com sucesso a energia do palco para o estúdio de gravação. As composições privilegiam um power-pop com tendência shoegazer e apresentam influências britânicas (Teenage Fanclub, Ride) e norte-americanas (Guided by Voices, Pernice Brothers). Confirmando a tradição do estilo, são as melodias que saltam aos ouvidos, simples, redondas, mas nunca óbvias. Em “Gabriel”, o vocalista e guitarrista Túlio Panzera faz uma homenagem emocionada a seu filho que recentemente completou um ano.

As guitarras de Túlio e Matheus Lopes receberam o reforço de Luís Couto, trazendo riffs, tramas e sobreposições mais elaborados do que em seus trabalhos anteriores. É o caso de “Everyday & everytime” e “All I wonder”, que trazem guitarras banhadas em efeitos em primeiro plano. Mas é quando saem dos holofotes, como em “Diamonds”, “January” e na ensolarada “Backyards”, que elas dão mais cores a Transcontinental e ao mesmo tempo ajudam a definir uma sonoridade característica do Churrus.

Paulo Filipe Souza (bateria) e Bruno Martinho (baixo) brilham ao não fazerem questão de brilhar, sem firulas e com muita personalidade, como em “Oldfield Park”, estreia de Luís Couto nos vocais, com sua levada no violão e seu refrão grudento. A produção de Transcontinental, que ficou a cargo da própria banda, é também uma evolução na obra do Churrus. Com mais recursos e mais entrosamento, o lo-fi de seus primeiros discos fica um pouco de lado, mas a banda nunca corre o risco de soar muito polida. É o calor dos shows sempre vibrantes que está presente na gravação e que dá o tom que une as dezesseis faixas do álbum.
Talvez seja a responsabilidade da paternidade, ou talvez seja a segurança que os anos juntos proporcionam, mas o fato é que Transcontinental mostra o Churrus como uma banda madura. Para nossa sorte (e para a deles), no entanto, a banda ainda é capaz de divertir (e se divertir) como nunca.


Em fevereiro de 2013, longe dos estúdios desde 2010, a banda mineira retorna com lançamento do EP “Everyday & Everytime“. Ao longo de quase dez anos de carreira, contou com diversas formações até fincar os pés em São João Del Rey e se consolidar como um quinteto à época do lançamento de Monotone (2010) com a entrada do guitarrista e tecladista Luis Couto. A formação atual conta com Túlio Panzera (guitarra e voz), Matheus Lopes (guitarra e voz), Luis Couto (guitarra, teclado e voz), Bruno Martinho (Baixo) e Paulo Filipe Souza (Bateria).

Tendo finalmente alcançado a estabilidade, a banda pode investir em uma produção mais elaborada deixando um pouco de lado o lo-fi tão presente nos seus primeiros trabalhos. Além disso, a chegada de um terceiro guitarrista fez com que, naturalmente, a presença das guitarras fosse enfatizada neste novo trabalho.

Esta novidade é mais evidente em “All I Wonder” e na faixa título, tanto nos riffs à la Will Sergeant que marcam as canções, quanto nos duetos de guitarra que demonstram a influência de bandas como Wilco e Thin Lizzy. Duetos também presentes em “Diamonds”, que com sua doce melodia nos remete a Pernice Brothers. A quarta canção do EP, “Gabriel”, é uma balada que celebra a paternidade e nos leva de volta a 1995, quando o britpop dominava as paradas. (Por Luiz Flavio Castro – LF – 26-01-13).


Em 2010, o quinteto de São João Del’Rey lançou seu segundo álbum, “Monotone”. A evolução fica evidente logo à primeira audição de “Monotone”. Com uma produção mais refinada do que a de “The Greatest Day”, “Monotone” apresenta uma banda mais coesa e consciente do seu som, consequência natural dos diversos shows e festivais ao longo destes últimos anos. As composições, desta vez, são divididas entre os diversos membros da banda, o que confere ainda mais originalidade ao quinteto. As referências continuam caminhando entre o indie rock e o lo-fi, com pitadas de shoegaze. Entre violões, solos de guitarra e de teclado, encontramos ecos de Pavement, Nada Surf, Guided by Voices, Charlatans e, em especial, Teenage Fanclub, talvez a principal influência da banda. Para aquelas almas saudosistas do bom rock alternativo dos anos 90, carentes de guitarras e de belas melodias “Monotone” é a prescrição ideal. Algumas músicas deste álbum podem ser ouvidas no recém lançado EP online “I got to go”, disponível no site da banda e aqui no midsummer madness.


Em meados de 1997, Túlio Panzera mudou-se para Belo Horizonte para fazer o curso de Engenharia Mecânica na UFMG. De 1997 a 2003 tocou na banda Multisofa, e em 2001 lançou seu álbum de estréia pela gravadora Bay King Music. Em 2002, a música “Single Japanese”, composta por Panzera, virou bônus nos discos lançados no exterior através do selo Japonês Little Pad Records, e do selo Italiano “Best Kept Secret”. O Multisofa se destacou em 2003 tocando em importantes festivais brasileiros como: Indie Rock Brasil, Bananada, All Stars, além de apresentar em programas de TV e rádio, no Palácio das Artes (BH) e no bar A Obra.

Após a conclusão de seu mestrado em 2003, Panzera inicia a gravação de um novo projeto musical com composições próprias, intitulado Churrus, lançando uma demo chamada “Piano”. Este trabalho chamou a atenção de Matheus Lopes, também de São João Del Rey, que entrou para a banda em 2004.

Em 2005 Panzera foi morar na Inglaterra e lá continuou o Churrus com novos músicos: Fred Dutton, Simon Watkins, James Whitley e Rich. De volta ao Brasil em 2006, Túlio Panzera e Matheus Lopes decidiram gravar o disco de estréia da banda, “The Greatest Day”. Contando com as participações de Bernardo Berg e Bruno Martinho (ex-Vellocet) o disco foi gravado em um Home Estúdio durante 11 meses, finalizado em setembro de 2007.

Atualmente, a banda conta com a participação de três  integrantes de São João Del Rey, entre eles, Túlio Panzera (voz e guitarra), Matheus Lopes (voz e guitarra), Paulo Filipe Souza (bateria) além de Luis Couto (guitarra, teclado e voz) de Bom Despacho e  Bruno Martinho (baixo), de BH.

As influências do Churrus vão desde o rock britânico dos anos 60 até o indie rock contemporâneo, praia visitada por diversos artistas como Beatles, Beach Boys, Guided by Voices, Teenage Fanclub, Elliott Smith, Pernice Brothers, Beulah, Wilco, entre outros.


Escute o single “Kingdom of Lords”
Deezer
Spotify

Compre a versão digital de “Transcontinental”:
iTunes – https://itunes.apple.com/us/album/id687734567
Deezer: https://www.deezer.com/album/6942050
Rdio: https://rd.io/x/Qj53cKo/
Spotify: https://open.spotify.com/album/26SnPY7BvgXtT4lgBx9Eak

Compre a versão digital de “Monotone”
iTunes: https://itunes.apple.com/us/album/id896513277
Spotify: https://open.spotify.com/album/43E6q9ag4Yt4Ln9h98XVSf


O que andam escrevendo sobre a banda:
As melodias são assoviáveis, grudentas, extremamente pops, daquele pop bem feito, classudo e que, infelizmente, não toca nas rádios brasileiras, mas que faria sucesso nas rádios alternativas norte-americanas.
do site DROP MUSIC, por Valdir Antonelli

I do hear frequent hints of dreamy pop (particularly in the light, slightly delayed guitar sound) throughout the record, a la the Lassie Foundation or the Melody Unit, as well as an occasional similarity to Let’s Active (check out the big Mitch Easter-styled ’80s drum sound in “Where’s The Moon?”!). But really, Teenage Fanclub is a rather apt comparison,”
do site INDIE PAGES, março de 2008, leia na íntegra aqui

: Contato

: Discografia

Bloom my Blue
(2023)

COMPRAR
LETRA

The Bet (2023)

COMPRAR
LETRA

A Promenade Love (2022)

COMPRAR
LETRA

Shallow (2021)

COMPRAR
LETRA

Besides (2020)

COMPRAR
LETRA

The Greatest Day (remaster 2020)

COMPRAR

Sweet Tides of Esperança (2020)

COMPRAR

Broken Pen (2017)

COMPRAR

Once Again (2017)

COMPRAR

Kingdom of Lords (2016)

COMPRAR

Transcontinental (2013)

COMPRAR

Monotone (2010)

COMPRAR

The Greatest Day (2007)

COMPRAR

©midsummer madness 1997-2024