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O Motormama nasceu das cinzas do Motorcycle Mama, banda das primeiras gerações do independente brasileiro pós Juntatribo, contemporânea de Raimundos, Paulo Francis Vai Pro Céu, Maskavo Roots e tantas outras que pipocaram no cenário brasileiro no início dos anos 90, mantendo os radicalismos intrumentais e acrescentando português às letras. O MM adicionava country ao garage rock descendente de Man or Astroman?! que faziam, inserindo violas em letras sobre trekkers. O grupo participou em 1996 da coletânea “Brasil Compacto” (Rock It!).

Deu em nada…

Do power trio original ficaram Régis Martins e Joca, que depois de uma parada estratégica, resolveram retomar os trabalhos no final de 1999. O som da nova empreitada, o Motormama, pode ser considerado um cruzamento entre Mutantes, Neil Young e altas doses de caipiragem e psicodelia. Um CD demo lançado em 2000 “Mestiço Rock ‘n’Roll” (mm55 midsummer madness) ganhou destaque na mídia especializada e foi relançado em 2001 pelo mm. Em 2002 a banda fez vários shows pelo país – Belo Horizonte, Brasília e São Paulo – com destaque no festival Bananada de Goiânia.

Em 2003, o Motormama lançou o primeiro CD, “Carne de Pescoço” com treze músicas. O disco, gravado entre 2001 e 2002 em Ribeirão Preto, foi lançado pelo selo da banda Kaskavel Musik e distribuído pelo midsummer madness (mm65). 

Na ocasião do lançamento, a revista Zero escreveu: “Banda sensacional de Ribeirão Preto (SP), o Motormama não tem medo dos agrobóis e destila o fino do rock, com instrumental contundente e letras certeiras. (…) Logo na abertura “Adeus Maluco”, o vocal hipnotizante de Gisele Z. é matador, assim como o solo cortante de guitarra que pega de surpresa. As programações eletrônicas colocadassob medida deixam a faixa ainda mais irresistível. Um teclado de churrascaria dita o ritmo em “Rota Caipira (Anhanguera Folk Song)” e uma guitarra contida e imersa em distorção aparece em “Cosmorama”. Destacam-se ainda a folk “Sujeito Honesto”, o bluegrass “Mercado de Pulgas”, o power pop de “Me enterrem em Assunción” e o rockabilly “Saliva Quente”. Dos infernos.”

Em 2006 o Motormama lançou seu 2º disco, “A Legítima Cia Fantasma”, um lançamento conjunto da banda e do selo midsummer madness. Régis Martins (guitarra, violão e voz), Joca (baixo, programação e voz), Gustavo Acrani (teclados), Gisele Z. (vocais) e Ricardo Noryo (bateria) gravaram mais 14 músicas unindo o country à la Stills, Nash & Young com a barulheira de um Pixies.

Em 2010, a banda lançou seu terceiro álbum “Aloha Esquimó”, mais uma vez em parceria com o Midsummer Madness. Naquele ano, o grupo também estreia o clipe na música “Preciso Me Vingar, Oh Babe”. No ano seguinte, o Motormama é convidado a se apresentar no festival Pop Montreal, no Canadá, seu primeiro show internacional.

Em 2013, o Motormama gravou duas músicas que sairam no primeiro vinil deles, o compacto “Flores Sujas do Quintal”, com “Rio Grande” no lado B. Já esgotado, o diquinho teve tiragem limitada pelo midsummer madness e Kaskavel Music. Com o vinil, a banda foi convidada a participar do festival espanhol Primavera Sound 2014.

Em 2016, três novas músicas foram lançadas apenas no formato digital, no EP “Se eu Sangrar, Não Chores Não”. Depois de mais de 17 anos juntos, Régis, Joca, Gisele se uniram à Alessandro Perê e Thiago Carbonari para gravar um tema instrumental (“Metti La Macchina”, inspirada numa viagem à Itália) e duas canções existencialistas: “Não Sou mais o mesmo Sujeito” e “Se o Mundo Desmoronar (Nunca Perca a Cabeça)”, esta uma homenagem a Flávio Basso (Júpiter Maçã). As três faixas foram gravadas no UnderStudio, em Ribeirão Preto, e produzidas por Romulo Felício (da banda de metal Necrofobia e produtor das gravações do Motormama desde 2006).

No ano seguinte, o Motormama lançou seu quarto álbum, “Fogos de Artifício“, reunindo as canções do EP anterior a outras cinco novas músicas. Também gravadas no estúdio de Romulo Felicio, as novas músicas continuam a trazer uma das características marcantes do Motormama: os títulos intrigantes: “Vôo Número Zero”, “Te Vejo Na Cosmopista” e “Foi Pelo Dinheiro / Foi Por Diversão” são alguns dos exemplos que este novo álbum nos traz.

Em 2019, para comemorar 20 anos de carreira, o Motormama preparou um “best of” com 20 músicas, cinco de cada um de seus discos. Veja mais aqui.


Escute as versões digitais dos discos em:
A Legítima Cia Fantasma
Deezer: https://www.deezer.com/album/6730456
iTunes: clique aqui
Spotify: https://open.spotify.com/album/2Ky1KQ2yKr5WuZRgqBBkZl

Aloha Esquimó
Deezer: https://www.deezer.com/album/6970358
iTunes: https://itunes.apple.com/us/album/id674326959
Spotify: https://open.spotify.com/album/2bnNxBA8rxXEPM23bIsjFp

Flores Sujas no Quintal
Deezer: https://www.deezer.com/album/6947285
iTunes: https://itunes.apple.com/us/album/id698882010
Spotify: https://open.spotify.com/album/6YIiaVquxSnq1opG30GoSd

Fogos de Artifício
Deezer: https://www.deezer.com/album/15085935
iTunes: https://itunes.apple.com/us/album/id1199247451
Spotify: https://open.spotify.com/album/41sZKP1qUfNJHIHNvYKjBK


O que se tem escrito a respeito da banda:

Entrevista para o Scream & Yell – 28/08/2017
“O grupo é uma espécie de denominador comum de cinco pessoas que tem vidas bem diferentes”, explica o guitarrista e vocalista Régis Martins, um dos três integrantes da formação original da banda, em conversa por e-mail. “Nosso amor à música é o que nos une porque se a gente pensasse apenas na grana, o Motormama não existiria há muito tempo”, ele conta.
Leia a íntegra aqui.

Tenho Mais Discos que Amigos – 09/09/2016
A banda mistura rock and roll e psicodelia em um som muito bem gravado e executado, com ótimos solos regados a um fuzz de muito bom gosto. Boas letras completam e coroam a sonoridade do grupo que se mantém forte no trabalho lançando seus álbuns, singles e eps durante todos esses anos.
Mais em https://www.tenhomaisdiscosqueamigos.com/2016/09/09/labirinto-travelling-wave-motormama-vorgok/

Folha de S. Paulo – 20/6/2008 – Por Thiago Ney
De Ribeirão Preto, o Motormama é responsável por “Rua Aurora”, um sólido EP virtual com cinco faixas. “Esperando o Furacão” é rock sessentista, com uma bateria sossegada dando o tom; “Rua Aurora” tem clima meio Mutantes; a guitarra toma conta de “Não Será um Bom Dia”; e um teclado psicodélico inicia “Preciso me Vingar Oh Babe”, que depois ganha uma melodia britpop – mas, acredite, soa bem atual.

Site Mundo Oi – por Adilson Pereira
“Rock psicodélico caipira”, será que este rótulo soa bem aos ouvidos computadorizados da banda? Régis diz que sim. E completa: “Cara, na verdade, nós criamos isso até para facilitar a vida dos jornalistas (risos). Não quer dizer muita coisa, mas, ao mesmo tempo, traduz certas características do som. Tem a ver com a origem interiorana da banda, apesar de eu ser de São Paulo, capital.” 

Entrevista para Tramavirtual
Situação imaginária: uma festa do milho, da laranja, ou de qualquer outra cultura agícola – mas cheia de gente de xadrez colorido em psicodelia dançando e se fartando. Que banda chamar para animar esse devaneio?

blog Sambapunk
“Sim, mas se transformou em outra coisa. Adoro Luis Gonzaga. Acho o baião de Gonzaga e a viola de Tião Carreiro quase blueseiros. É o blues nacional.” Ele parece estar se referindo aos momentos de “tristeza” que há em interpretações feitas por – os dois merecem o aumentativo – Gonzagão e Carreirão.
por Adilson Pereira (jun/ 2008)
mais em: https://www.sambapunk.com.br/musica/o-rock-psicodelico-e-caipira-do-motormama

Matéria no programa Passe Livre / site Showlivre
Clique aqui e veja matéria em vídeo com Canastra, Reino Funghi e Motormama, todos tocando no festival Ampli, no SESC Pompéia em SP, 2007.Site UnderFloripa/SC
“‘Mulher Sincera’, uma faixa bacana, rock com um puta baixo, letra bem sacada,“Coração HardCore” é a antítese de tudo isso, uma letra meiga, uma faixa mais doce e mais lenta, querem saber? Motormama é uma banda para aqueles que não têm medo do novo e do inovador, na realidade é a opção sadia a mesmice dos dias atuais, mas que causa certa estranheza a primeira audição, causa.
por Luciano Carioca

A Notícia / SC
Mas é inegável que peças usadas pelos gaúchos (sic)estão no bem armado tabuleiro do Motormama – cujo segundo álbum traz um notável upgrade em termos de produção e composição. A saudável ironia permeia músicas bacanas como “Meu Problema com a Bebida”, cheia daqueles corinhos felizes, “São José Bangue-Bangue” e “Hey Vaqueiro”, coloridas por teclados sessentistas, e “Meus Amigos (Eu Não Tive Escolha)”, que combina as vozes de Régis Martins e Gisele Z e chama para a pista de dança. Mesmo demonstrando predileção pelo rock mais cru, a banda flerta com o blues (“Faixa Preta”), o funk (“Tudo o que Penso”) o baião (“Blues do Sapo Caolho”) e a música caipira (“Inseto”), tudo amarradinho por uma personalidade que vai se revelando bastante criativa.
Rubens Herbst – A Notícia (SC)

Melhores de 2006 – site Urbanaque:
“…mostra a banda com ótimas canções e atingindo uma maturidade de fazer inveja.” Mais aqui
por Bruno Montalvão

Resenha no site Punknet:
“Inseto” tem uma introdução que remete ao finado Doto Jéka e letra a la Replicantes e, ao lado de “Faixa preta” e “Coração hardcore”, é o destaque desse imperdível lançamento.
Mais aqui.
por Alessandro Ferrony

Revista Bizz / fev. 2007
“… a mistura de música caipira e rock vem mais bem resolvida e com sabor pop.”

Revista OutraCoisa / março 2007
“Em seu terceiro disco, (sic) Motormama mistura música de velho e de moderno. Este é um dos grandes méritos da banda, que, dizem por ai, deve ficar na estante do indie brejeiro.”
por Adilson Perreira

site Senhor F / março 2007:
“Além do ótimo trabalho de guitarras e violas de Régis Martins, o tecladista Gustavo Acrani também empresta um toque especial ao som do Motormama. Um dos timbres mais legais do rock brasileiro, o órgão de Acrani mistura tons de Lafayatte com James Taylor (o tecladista, claro).” Mais aqui
por Fernando Rosa

Site Palco Vale
O Motormama é de Ribeirão Preto (interior paulista) e A legítima cia fantasma o segundo álbum desta banda cujo charme é executar rock indie mesclado à elementos do country e cultura caipira, diga-se de passagem, com muita precisão e personalidade ao longo das 14 canções presentes neste registro que saiu via Midsummer Records (Rio de Janeiro) em parceria com a Pisces Records (Bauru – SP, que entre outras bandas, já lançou Killing Chainsaw e Biônica).
por Erick Tedesco – mais aqui

Crush em Hi-Fi / set 2016
entrevista.

 

: Contato

: Discografia

Anhanguera Folk Club 2019

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Fogos de Artifício 2017

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Se Eu Sangrar, Não Chores Não 2016

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Flores Sujas no Quintal 2013

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Aloha Esquimó 2009

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A Legítima Cia Fantasma 2006

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Carne de Pescoço 2002

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Mestiço Rock’nd’Roll 2001

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