Valv dá a receita de como se salvar de uma extinção em massa.
sobre o novo EP “Silurian”, por Glauco Ferreira e Geórgia Cynara
O Valv é uma das poucas bandas brasileiras independentes ativas que contam com mais de vinte anos de existência numa bela e crescente escala evolutiva. Além de sobreviverem e superarem quaisquer riscos de extinção, sucederam tudo e todos e emergem neste miolo de 2020 mais vigorosos do que nunca, com “Silurian”, um EP com três sons novíssimos. Definitivamente o melhor e mais poderoso registro que, o agora quinteto, já fez até então.
Numa escala de tempo sonoro, surge o quarto registro gravado, mixado e masterizado localmente em Belo Horizonte, MG, no estúdio Frango no Bafo. Trabalho de casa, feito a mão por praticamente todos da banda, muito bem pensado e cuidado nos mínimos detalhes. Dá para sentir, do início ao fim, que o coração da banda foi colocado na ponta dos dedos e nos vocais e letras, mais simples, ainda melhores e mais diretas.
Feita a troca de impressões e uma conversa com o anjo da guarda sobre o que ouvimos, “The Signs I Sent” soa juvenil, aguda e muitíssimo brilhante. Lição de simplicidade nas harmonias, riqueza de texturas e densidades com uma preocupação caprichada na dinâmica, o que é sabedoria valiosa para quem já sabe muito bem o que faz. Esse som é como uma respirada profunda, que mistura viagem no tempo e ar renovado!
Em seguida vem “When She Says No”, nascida na grade de acordes do Valv e embalada por uma sensação nostálgica, agrada tanto quem já conhece e curte a banda de outros janeiros passados, tanto quanto aqueles que ainda irão descobrir o som deste mês de junho em diante. A sensação de delírio e simplicidade aparecem de cara no retorno ao território familiar cru e doce dos sons feitos. Serão todos capturados!
Finalmente temos “Elsinore”, alvo de muito interesse e rica em novidades e renovação. Certamente é o som mais desafiador deste pacote sonoro. A bateria surpreendente, o vocal vai no limite, o fraseado do baixo que sai da função fundo da cozinha. Tudo acompanhado por guitarras eficientes, econômicas e muitíssimo generosas – entram e saem no momento certíssimo – que autorizam o refrão a cair num blocão poderoso e na maior medida que a banda sabe muito bem como fazer. A odisseia que vem depois é um crescendo minimalista absoluto… e infinito.
Se a paciência aprimora a existência, o tempo tudo transforma. “Silurian” marca os primeiros sons conhecidos, já totalmente adaptados às novas condições dos sons que acabaram de nascer.
Vida longa ao Valv.
Glauco Ferreira é amigo, músico, e fez parte de bandas da cena belorizontina, como Constantina, Automatic High Speed e Rallye
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Confira os teasers em vídeo feitos por amigos da banda no IGTV do midsummer madness
Em 2019, o Churrus lançou seu 4º álbum intitulado “Atlantic Railroad” nos formatos vinil e digital pela Fleeting Media. Durante o longo processo de composição, várias músicas acabaram não entrando no disco. Para fazer justiça às boas músicas que ficaram de fora, o quinteto de São João Del Rey (MG) vai lançar um disco de extras chamado “Besides”.
O primeiro single sai nesta quinta feira, 18 de Junho. Túlio Panzera, vocalista e guitarrista falou a respeito da música, que foi composta em tempos de corona vírus.
“Sweet Tides of Esperança” é uma música inusitada para tempos inesperados.
Sensibilizada pelos impactos causados pela pandemia do novo coronavírus, a gente decidiu compor uma singela mensagem de otimismo e transmití-la mais uma vez para além do Atlântico. As conexões entre Brasil e Inglaterra – já trabalhadas anteriormente pela banda – são novamente retomadas, intermediadas pelas necessidades impostas pela quarentena: a reclusão em Clifton Village, registrada na foto de capa do single, e as sonoridades tradicionais que foram interrompidas em São João del-Rei, percebidas logo no início da canção”.
A formação atual da banda conta com Igor Monteiro (da banda local Remédios Sem Causa) no baixo. Igor entrou no lugar de Bruno Martinho, agora no Valv. A atual formação do Churrus é Matheus Lopes (voz e guitarra), Luís Couto (voz, guitarra, sintetizador), Igor Monteiro (baixo), Daniel Mascarenhas (bateria), Tulio Panzera (voz e guitarra). Todas as músicas de “Besides” foram gravadas ainda com Bruno no baixo.
“Besides” ainda não tem data confirmada de lançamento. O Churrus também prepara uma versão remasterizada de seu primeiro disco, “The Greatest Day”, originalmente lançado em 2007 em CD pela própria banda, com distribuição via midsummer madness. A versão remasterizada vai cobrir a lacuna que falta no catálogo digital da banda, sendo lançado exclusivamente no formato digital.
Ouça a versão original do “The Greatest Day” do Churrus no Bandcamp ou no mmrecords.
O single “Sweet Tides of Esperança” é uma das faixas de “Besides”, será lançado pelos selos Fleeting Media e Midsummer Madness apenas no formato digital.
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